Falar em castidade num mundo que prega a pornografia e a prostituição pode ser difícil não só de entender , mas também de se vivenciar.
A castidade é uma forma diferente de enxergar o mundo e as pessoas que nos rodeiam, pois passamos a olhar para as pessoas com um olhar diferente , um olhar puro. Falar da castidade parece ser muito fácil, mas vive-la no dia-a-dia se torna bem mais difícil do que imaginamos. Pois bem, imaginemos então o mundo na época de Jesus. É claro que desde aquela época já existia a prostituição, o pecado contra a castidade, porém a realidade social era bem diferente que a nossa. Não existia os meios de comunicação, em especial a televisão, que hoje levam muitas pessoas para o lado do pecado por conta da sua falta de conteúdo e excesso de imundices que arrastam as pessoas para a sujeira mundana. Mesmo já havendo a inclinação humana para o pecado, as pessoas que iam contra a castidade eram na maioria das vezes pequeno porque naquela época a sociedade era constituída por famílias que zelam pelos seus com amor,carinho e vivência cristã . A pena para as mulheres que eram encontradas se prostituindo era o apedrejamento. Isso ajudava no combate a esse mal. Porém atualmente existe não o combate , mas sim o incentivo que leva homens e mulheres para esse caminho onde não há a Luz de Cristo, mas a escuridão do mal. Caminho este que muitas vezes não existe volta, pois quando a pessoa se percebe no lado do mal já é tarde. Se a mais de 2.000 anos atrás a prostituição era vista como uma coisa horrenda com certeza era por conta da presença familiar na sociedade. Voltando para a atualidade percebemos quão grande é a decadência estrutural familiar. Talvez o Século XXI não esteja sendo tão favorável à preservação dos núcleos sociais portadores de princípios morais e religiosos.
A juventude, por sinal , está cada vez mais devastada . Coisa que não deveria acontecer porque o futuro do Mundo depende dos jovens de hoje. Quando falamos em castidade logo vem à nossa mente a idéia do sexo , entretanto, a castidade não se prende a isso. O sexo está sendo banalizado de uma maneira assustadora. Todos sabemos que o sexo é divino, graça de Deus não para o prazer humano , mas para a nossa reprodução. Diante de tudo isso podemos pensar não só no sexo como parte da castidade , mas em tudo mais que a completa .Ser casto não é apenas ficar livre de relacionamentos sexuais antes ou fora do casamento . Ser casto é viver a semelhança de Jesus enquanto humano. É deixar de lado os prazeres oferecidos pelo mundo.É abrir mão do pecado da carne e ser totalmente de Deus, vivendo Seu Amor por nós. Portanto, a castidade engloba além do sexo outros meios que nos ferem corporal e espiritualmente, como por exemplo a masturbação e a pornografia.
Pecar contra a castidade é definitivamente ir contra o sexto mandamento da Lei de Deus, ou seja , é estar em pecado mortal, é destruir o corpo que é dom de Deus à nós, é destruir o templo do Espírito Santo.
É difícil ser casto estando em um mundo que nos chama ao pecado , ainda mais recebendo um convite a cada segundo. Convite que nos leva à morte espiritual, mas quando seguramos na mão de Deus e de Nossa Senhora nós podemos dizer não ao mundo e aceitar a vontade de Deus que é nosso Pai de infinita Bondade e Misericórdia. Nós jovens do século XXI enfrentamos um grande problema em relação a tudo que diz respeito a nossa religiosidade. Esse problema se chama Mundo. Estar no Mundo é bom. O pecado é sempre gostoso, prazeroso, mas tenhamos consciência de que é um prazer momentâneo. Tudo isso passa e quando nos damos conta já é tarde. Tudo que é bom hoje,enquanto afundados no pecado , será ruim amanhã porque Deus é Amor , mas também é Justiça. Melhor que viver segundos os prazeres do mundo é estar em comunhão com Cristo , é viver segundo a vontade de Deus , nos amarmos mutuamente. Muitos santos pregavam sobre a castidade, mas hoje faço referência a um homem que fez a diferença no nosso mundo e na nossa juventude. Esse grande homem se chama beato João Paulo II. Em uma de suas citações sobre a castidade, João Paulo II dizia : “ A conquista da castidade é um trabalho de longo prazo, deve-se esperar pacientemente para que dê os frutos de alegria na delicadeza do amor que deve trazer. Mas , ao mesmo tempo, a castidade é o caminho certo para a felicidade.” A castidade pode parecer não dar frutos hoje , mas com certeza esses frutos virão e então saberemos quão importante foi vive-la. Não façamos do namoro , noivado e até mesmo do casamento um instrumento pecaminoso de prazer , mas sim um instrumento que nos santifique a cada dia e um caminho para a verdadeira felicidade.
Lembrem-se : A castidade é um fruto do Espírito Santo que nos conduz ao amor verdadeiro e conseqüentemente a verdadeira felicidade.
Vitor Santos
